O
ciclismo como é conhecido hoje começou a ser praticado em 1816, quando
um nobre alemão chamado Karl Drais colocou um guidão para direcionar a
roda dianteira do celelífero. A bicicleta rudimentar foi criada
provavelmente na França na segunda metade do século 18 e consistia em
uma trave de madeira com duas rodas.
Poucos
imaginavam na época que quase dois séculos depois o esporte criado a
partir do celerífero viveria uma crise sem precedentes. Nos últimos
anos, a modalidade vem lutando contra os escândalos de doping que
mancharam sua imagem. Alguns dos principais atletas do mundo foram
envolvidos em polêmicas com substâncias proibidas. A Volta da França,
principal evento no planeta, é cheia de casos suspeitos, com abandonos
de equipes inteiras no meio da competição. O último escândalo foi em
2006, quando o então campeão, o norte-americano Floyd Landis, foi
flagrado no antidoping e perdeu o título.
Motivo
de preocupação que se originou em uma máquina que era motivo de píada.
Quando Drais criou sua bicicleta, o estranho objeto era olhado com
estranheza pelas ruas. Mas a praticidade levou à popularização e a
máquina, batizada como draisina, se espalhou rapidamente por toda a
Europa, principalmente na França, na Alemanha e na Inglaterra.
Em
1819 as primitivas draisinas de madeira foram substituídas pelas de
ferro e disputaram uma corrida de 10 km. Vinte anos depois, um ferreiro
escocês chamado Kirkpatrick McMillan agregou alavancas que permitiam
impulsionar as draisinas sem ter que colocar os pés no solo. Estas
alavancas faziam girar o eixo traseiro como nos atuais carrinhos de
criança. O pedal foi incorporado em 1861, por Pierre Michaux, um
ferreiro francês. Seis anos mais tarde, Michaux e seu filho Ernest
apresentaram seu modelo de velocípede na Exposição Internacional de
Paris.
Em 1868, foi realizada na
França a primeira corrida de velocípedes em pista, sobre uma distância
de 1.800 metros. A prova foi vencida pelo inglês James Moore, que também
venceu a primeira corrida unindo duas cidades, a Paris-Rouen, em 1869.
Naquele ano, uma empresa já produzia 200 máquinas por dia com o nome de
bicicleta e várias alterações em relação ao projeto original, adaptadas
por inventores de diversas partes do mundo: rolamentos, banda de
borracha nas rodas, freios na roda e tubos de metal para o quadro.
Em
1870, James Starley criou a grande-bicicleta, com uma roda dianteira
gigante de 1,50 metro de diâmetro e uma roda traseira minúscula, de 50
centímetros, com rodas de raios de arame e bainhas de sabre como
forquilhas. Nessas engenhocas foi disputada a corrida entre Florença e
Pistóia, na Itália, com um percurso de 33 km, vencida pelo
norte-americano Rynner van Neste.
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